segunda-feira, 20 de março de 2017

Casamento na atualidade

Aylton Paiva
É inquestionável que a sociedade humana vem sofrendo grandes alterações na sua organização e funcionamento nos últimos anos.
Uma instituição que celeremente mudou a sua estrutura e dinâmica foi o casamento.
Aquele casamento em que o homem era o chefe da família e sua palavra dentro de casa era lei, a mulher a sua companheira para cuidar dos filhos e do lar, com total dependência econômica está a caminho do desaparecimento.
Então, a união de um homem e uma mulher não é mais importante?
O casamento deverá desaparecer do horizonte social?
Jesus, em uma de suas primeiras ações públicas privilegiou o casamento, no famoso episódio das Bodas de Caná (João, cap. 2, vers. 1 a 11). (1)
Allan Kardec indagou aos Mentores Espirituais:
- Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?
E ele foram peremptórios:
Seria um regresso à vista dos animais. (2)
Estas reflexões tomaram minha mente ao ler um artigo sobre esse tema, redigido por Roberta Faria, editora chefe da revista Sorria. (3)
De forma inesperada, ela diz, em sua primeira frase:
- “Quando eu me casei, descobri que tudo o que me disseram sobre uniões estava errado.
Primeiro engano: casamento não é consequência de um amor romântico. Embora tenha lá sua contribuição no começo da história, o sentimento explosivo dos livros e novelas vira é paixonite, caso, namoro.
Mas o que leva alguém a dividir a vida com outro alguém tem mais a ver com outro tipo de amor – o amor profundo e inesgotável da amizade.”
Em outro trecho, ela pondera:
- “Casamento, eu também descobri, não tem a ver com encontrar o par perfeito que se encaixa sem arestas. Na minha história, é sobre respeitar alguém diferente, o que exige negociações diárias e infinitas.”
Afirma mais adiante:
- “Casamento, eu sei agora, não tem a ver com paixão. Ou, pelo menos, não com o tipo que nos vendem, dessas cegas, que se põem acima de tudo. Na real, é o contrário.
Casamento – o meu, ao menos – vive é da admiração da verdade do outro. Enxergá-lo como é, e não como a gente desejaria que fosse. Sem filtros nem disfarces, sobe a luz da intimidade e da rotina.
Com todos os humores que oscilam, as falhas que temos, os nossos desacordos. E é exatamente por conhecê-lo tão bem, que posso admirá-lo por inteiro, e me encantar a cada descoberta.”
Por questão de espaço, pinço mais essa importante conclusão de Roberta:
- “Por fim, eu aprendi que casamento não é para sempre. É para agora. Não se trata de uma promessa única, mas de um compromisso que se renova a cada manhã, a cada surpresa, a cada briga, a cada reencontro.
A vida é cheia de encruzilhadas. E, a cada vez que encontramos uma, temos que decidir novamente se vamos continuar seguindo o mesmo caminho, lado a lado. Eu não me casei uma vez só. Eu me caso com o Artur todos os dias.”
E é só assim, esquecendo as ideias prontas, que acreditamos que o romance permanece, nos tornamos um par de verdade, a paixão supera a passagem do tempo e vamos passar o resto da vida juntos. Não é um conto de fadas.”
Concluímos do relato de Roberta que o casamento na atualidade ainda é necessário, mais que necessário é lindo, desde que pretendamos construí-lo ou mantê-lo com os ingredientes que ela apresentou: realidade, verdade, diálogo, respeito, gentileza, igualdade, admiração.
É uma construção permanente!

Bibliografia:
1     Novo Testamento;
2     O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. FEB;
3     Revista Sorria – Para Ser Feliz Agora, ed. 22, ano 4, Ed. MO – Renda para o GRAAC – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer – e ao Instituto Airton Sena.

Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).

Obs.: Artigo publicado em 14/10/2011, no Jornal Correio de Lins

segunda-feira, 13 de março de 2017

O verdadeiro êxito

Aylton Paiva
O sucesso, o êxito fazem parte das aspirações do ser humano.
Eles são buscados das mais diferentes formas.
Umas de maneira lícita, outras de maneira ilícita.
Quando, então, analisamos o sucesso sob a perspectiva espiritual a questão fica mais séria, exigindo essa análise o suporte de valores éticos.
Ajudando-nos a trilhar o caminho das aspirações naturais e dentro dela a respeitar os valores morais e espirituais, Emmanuel apresenta-nos algumas considerações muito importantes ao dizer:
“Milhões de pessoas acreditam em ascensão ao brilho espetacular do êxito, quando apenas se enleiam a graves compromissos na sombra.
Lançam golpes calculados à economia do próximo, atraindo respeito e admiração no mundo bancário, organizando, porém, estranha retaguarda de pranto e maldição a entenebrecer-lhes a rota.
Erguem colunas de ouro fácil, das quais muitas vezes se despenham nos tremedais do crime.
Arquitetam escândalos, enlameando vidas alheias, com o aplauso da multidão, porém semeiam espinhos de aflição para os próprios pés.
Aviltam consciências desprevenidas, barateando-as na feira dos sentimentos, para a escalada ao poder, mas oneram-se em débitos escabrosos que as farão desvairar de arrependimento e de angústias nos tribunais da Justiça Divina.
Toda aquisição sem esforço é caminho para a derrota.
Não te coloques, assim, à margem da senda, suplicando orientação para teus passos, quando não ignoras que somente o dever retamente cumprido é degrau seguro para a verdadeira felicidade, nem peças triunfo legitimo aos interesses imediatistas que passam no mundo como certas flores do alvorecer.
Lembra-te de que as conquistas substanciais de existência procedem do coração ajustado ao duro trabalho do próprio burilamento para a Vida Superior e, ao invés de buscar o existo na temporária fulgurações das galeriais terrestres, não olvides que a vitória real quase sempre te procura no semblante aparentemente agressivo das grandes dificuldades, enunciando exigências amargas ou vestidas no pano singelo de um macacão.” (1)
Portanto, as conquistas materiais precisam estar associadas, também, às conquistas espirituais.
Nesse passo, poderemos lembrar a simbólica advertência de Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou se prenderá a um e desprezará a outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon.” (Lucas, cap. XVI, v. 13).
Tecendo comentário a respeito da verdadeira propriedade que poderemos estender para o verdadeiro sucesso, Allan Kardec, assim se expressa: “O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto.
Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo. Tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe poderá arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo que neste.” (2)
Por consequência, é indispensável ponderar que o nosso sucesso na vida material precisa estar acompanhado pelo êxito na vida espiritual, para que não sejamos conduzidos à ilusão e ao sofrimento, recebendo o laurel das lágrimas.

Bibliografia:
1     Fé, Paz, Amor, Emmanuel / F. C. Xavier – Ed. GEEM;
2     O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, - Ed. FEB.

Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).

Obs.: Artigo publicado em 30/09/2011, no Jornal Correio de Lins

sábado, 4 de março de 2017

Início do Curso de Espiritismo

Convidamos para participar do “Curso de Espiritismo” que iniciaremos nas datas abaixo:
Aulas aos Sábados
- Início: 04 de Março de 2017 – Horário: 16h30 às 18h00
Aulas às Segundas-Feiras
- Início: 06 de Março de 2017 – Horário: 20h00 às 21h30
Duração do Curso: 04 meses
Inscrições: Na recepção da Casa dos Espíritas (Rua Paulo Aparecido Giraldi, nº 166, Centro – Lins)
Informações: Telefone (14) 3522 3877 e
http://casadosespiritaslins.blogspot.com.br/
Contamos com a sua presença.

A Diretoria

Casa dos Espíritas – Lins (SP)