terça-feira, 21 de junho de 2016

Mortes coletivas


Arquimedes Brumati
Periodicamente a humanidade é surpreendida com acontecimentos que causam a morte de muitas pessoas, algumas decorrem de eventos da natureza como tsunamis, terremotos ou desabamento de terra, outras já decorrem da ação do homem, como nos últimos dias, dois acontecimento lamentáveis aconteceram, e ceifaram muitas vidas humanas. O primeiro, um acidente na estrada Mogi-Bertioga, com 18 jovens que partiram para a espiritualidade. O segundo um ataque supostamente terrorista em uma Boate Gay na cidade de Orlando, nos Estados Unidos, que deixou um saldo de 50 mortes e mais 53 feridos, alguns em estado grave, podendo aumentar ainda mais o número de mortos.
As causas ainda estão sendo investigadas, seja por imperícia ou falha mecânica no caso dos ônibus em Mogi-Bertioga , ou ato de um desiquilibrado ou um terrorista, no caso da Boate em Orlando, nos Estados Unidos, qualquer que seja o resultado final, nada tirará a dor dos familiares e amigos das vítimas, nada os trará de volta à vida material, a não ser em uma outra encarnação. Qual o propósito da divindade nessas mortes coletivas?
O codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec, em o Livro dos Espíritos, na sua terceira parte, a Lei de destruição, faz uma análise dessas tragédias coletivas e interroga aos benfeitores da humanidade o que pretende a divindade com essas desencarnações coletivas. E, para surpresa de Allan Kardec e nossa, os benfeitores disseram que era para fazer a sociedade progredir. O comentário é vasto, e nessa mesma questão o codificador pergunta se não teria a divindade outros recursos para promover o progresso dessas pessoas. Os espíritos informaram que sim, e isso acontece através de fenômenos naturais, como epidemias, fenômenos sísmicos e outros. (1)
Por que as mortes coletivas?
Pergunta-se às vezes o que se deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das catástrofes que, de um golpe, destroem numerosas existências humanas. Como conciliar esses fatos com a ideia de plano, de previdência, de harmonia universal?
As existências interrompidas prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo previsto. São em geral, complementares de existências anteriores, truncadas por causa de abusos ou excessos. Quando, em consequências de hábitos desregrados, se gastaram os recursos vitais antes da hora marcada pela natureza. Tem-se de voltar a perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a existência precedente devia ter normalmente preenchido. Sucede que os seres humanos, que devem dar essa reparação, se reúnem num ponto pela força do destino, para sofrerem, numa morte trágica, as consequências de atos que têm relação com o passado anterior ao nascimento. Daí, as mortes coletivas, as catástrofes que lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o tempo que tinham de viver e vão preparar-se para existências melhores. (2)
O Espiritismo explica com muita coerência, que cada um recebe segundo as suas obras, porque todos estamos submetidos à Lei de Ação e Reação ou de Causa e Efeito e à Lei de Evolução ou de Progresso.
Então, para a Doutrina Espírita, como se explicam casos como esses? A resposta está no resgate coletivo, conceito que envolve a correção de rumo de um grupo de Espíritos que em alguma outra encarnação cometeu atos semelhantes e muitas vezes em conjunto de descumprimento da lei divina e que, portanto, para individualmente terem a consciência tranquilizada precisam sanar o débito. Toda a problemática, nesse caso, está no trabalho dos mentores na reunião desses Espíritos de modo a que juntos possam se reajustar frente à Lei Divina.
Arquimedes Brumati
Referências:
(1) Do livro “ Divaldo Franco Responde”
(2) Do livro  “O Problema do Ser do Destino e da Dor”, primeira parte, item X – a  Morte de LEON DENIS.

Palestra Musical com Paula Zamp

Foi com muita alegria que recebemos na última sexta-feira, dia 17/06/2016, às 20 horas, na Casa dos Espíritas, a Palestrante e Cantora Paula Zamp, acompanhado de seu esposo Claudinei.
Foi uma apresentação das mais emocionantes, onde falou e cantou canções das mais belas, com a presença de grande público que vibrou intensamente com a apresentação.
Todos pediram bis, e quem sabe no próximo ano possamos contar com a presença dela novamente em nossa Casa.
Arquimedes Brumati

Presidente da Casa dos Espíritas - Lins (SP)

terça-feira, 7 de junho de 2016

A Busca da Paz

Aylton Paiva
Existem histórias, estórias e reflexões que vale a pena reencontrá-las.
Mexendo em meus papéis encontrei uma. Demorei lendo-a novamente e sobre ela refletindo. Afinal busco a paz.
E esse é um estado de alma que é muito desejado: a paz!
Considera-se a paz aquele estado espiritual ou emocional de tranqüilidade, com a ausência de problemas físicos, espirituais, psicológicos, econômicos, enfim de tudo que traga intranqüilidade e mal-estar.
Nas condições em que vivemos e no mundo que vivemos será possível encontrar esse céu ou paraíso?
Todos alimentamos esse desejo!
Vale até lembrar uma história que se retrata em paginas de livros ou flui pelas mensagens na internet.
Toda boa história ou estória que se preze começa assim:
“Era uma vez um rei que instituiu um prêmio ao artista que pintasse um quadro que melhor retratasse a paz.
Vários artistas se propuseram a atender o desejo do rei apresentando-lhe as pinturas que tinham feito.
Após examinar muitos quadros, o rei selecionou dois e entre eles ficou dividido: qual melhor retratava a paz.
O primeiro representava um lago com a superfície serena.
Ele espelhava altas e verdes montanhas que se espraiavam ao seu derredor.
Coroando essa paisagem encimava um céu azul com nuvens brancas.
Quase todas as pessoas a quem o rei apresentava o quadro diziam que ele simbolizava muito bem a paz.
Por incrível que pareça, o quadro pintado por outro artista também retratava montanhas, porém eram escarpadas, desnudas.
Acima um céu ameaçador, com nuvens escuras, relâmpagos tenebrosos e chuva assustadora.
Da fenda de uma montanha irrompia uma cachoeira pontilhada de rochas pontiagudas.
O rei, ensimesmado, contemplava aquela agressiva natureza, nada pacífica, quando notou em um canto, entre a junção de duas rochas um arbusto, sobrevivendo naquele ambiente devastador e nele um pássaro havia feito o seu ninho.
No meio daquele torvelinho de águas, no frágil arbusto a mamãe pássaro localizara o seu ninho.
Após demorada observação, o rei, com a visão da estética e a sensibilidade da emoção, escolheu o segundo quadro para o espanto da corte com os seus cultores da arte.
Explicou, então, o rei:
- A paz não significa não ter problemas, dificuldades, obstáculos, incompreensões, medos, ameaças...
A paz é estar no meio disso tudo e estar calmo, como a mamãe pássaro.“
O Mestre Jesus também disse:
A minha paz eu vos deixo, a minha paz eu vos dou.
E a sua paz era vivida no meio da ignorância, dos ataques, da traição, da tortura e da morte, ensinando e vivendo a justiça e o amor.
A paz é uma construção constante em cada pessoa, em cada país e na humanidade.
A paz é a busca do equilíbrio no desequilíbrio de emoções, sentimentos e valores que vivemos.
Portanto, a paz é um estado espiritual ou psicológico que deveremos permanentemente construir, realizando em nós e, tanto quanto possível, ao nosso redor.
Para isso, pede-nos compreensão, entendimento. Análise da situação conflitiva ou dolorosa que estamos vivendo: o que fazer? Como fazer? E para quê fazer.
É fundamental entendermos que não encontraremos a paz, mas construiremos a paz!
Pensemos nisso, especialmente nos momentos em que sentirmos que o nosso momento de paz está se desestabilizando.

Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com.br)