Arquimedes Brumati |
As causas ainda estão
sendo investigadas, seja por imperícia ou falha mecânica no caso dos ônibus em
Mogi-Bertioga , ou ato de um desiquilibrado ou um terrorista, no caso da Boate
em Orlando, nos Estados Unidos, qualquer que seja o resultado final, nada
tirará a dor dos familiares e amigos das vítimas, nada os trará de volta à vida
material, a não ser em uma outra encarnação. Qual o propósito da divindade
nessas mortes coletivas?
O codificador da Doutrina
Espírita Allan Kardec, em o Livro dos Espíritos, na sua terceira parte, a Lei
de destruição, faz uma análise dessas tragédias coletivas e interroga aos
benfeitores da humanidade o que pretende a divindade com essas desencarnações
coletivas. E, para surpresa de Allan Kardec e nossa, os benfeitores disseram
que era para fazer a sociedade progredir. O comentário é vasto, e nessa mesma
questão o codificador pergunta se não teria a divindade outros recursos para
promover o progresso dessas pessoas. Os espíritos informaram que sim, e isso
acontece através de fenômenos naturais, como epidemias, fenômenos sísmicos e
outros. (1)
Por que as mortes
coletivas?
Pergunta-se às vezes o que
se deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das catástrofes
que, de um golpe, destroem numerosas existências humanas. Como conciliar esses
fatos com a ideia de plano, de previdência, de harmonia universal?
As existências
interrompidas prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo
previsto. São em geral, complementares de existências anteriores, truncadas por
causa de abusos ou excessos. Quando, em consequências de hábitos desregrados,
se gastaram os recursos vitais antes da hora marcada pela natureza. Tem-se de
voltar a perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a
existência precedente devia ter normalmente preenchido. Sucede que os seres
humanos, que devem dar essa reparação, se reúnem num ponto pela força do
destino, para sofrerem, numa morte trágica, as consequências de atos que têm
relação com o passado anterior ao nascimento. Daí, as mortes coletivas, as
catástrofes que lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o
tempo que tinham de viver e vão preparar-se para existências melhores. (2)
O Espiritismo explica com
muita coerência, que cada um recebe segundo as suas obras, porque todos estamos
submetidos à Lei de Ação e Reação ou de Causa e Efeito e à Lei de Evolução ou
de Progresso.
Então, para a Doutrina
Espírita, como se explicam casos como esses? A resposta está no resgate
coletivo, conceito que envolve a correção de rumo de um grupo de Espíritos que
em alguma outra encarnação cometeu atos semelhantes e muitas vezes em conjunto
de descumprimento da lei divina e que, portanto, para individualmente terem a
consciência tranquilizada precisam sanar o débito. Toda a problemática, nesse
caso, está no trabalho dos mentores na reunião desses Espíritos de modo a que
juntos possam se reajustar frente à Lei Divina.
Arquimedes Brumati
Referências:
(1)
Do livro “ Divaldo Franco Responde”
(2)
Do livro “O Problema do Ser do Destino e
da Dor”, primeira parte, item X – a Morte de LEON DENIS.