A vida é como um caminho pelo qual, dia a
dia, devemos seguir.
Nessa caminhada vamos colhendo as mais
diferentes experiências.
André Luiz (1) tece interessantes reflexões
sobre esse caminhar e suas consequências.
Vejamos algumas considerações dele:
“Trazendo a sua consciência tranquila, nos
deveres que a vida lhe deu a cumprir, você pode e deve viver a sua vida
tranquila, sem qualquer necessidade de ser infeliz”.
Sim. Quando cumprimos os nossos deveres
temos a tranquilidade na consciência. E se estamos com a consciência tranquila
devemos viver tranquilamente a vida. Não é óbvio?
Nem sempre. Há pessoas que, de fato,
cumprem o seu dever mas se agastam e se agitam se as outras pessoas não estão
cumprindo o dever que lhes compete.
Então se aborrecem e se desarvoram,
perdendo a própria tranquilidade.
Mais adiante ele afirma:
“Auxilie aos outros sem afligir-se
demasiado com os problemas que apresentam, porque eles mesmos desejam
solucioná-los por si próprios”.
Essa afirmação é interessante.
Há pessoas que desejam ajudar os outros,
contudo se afligem um tanto que acabam por perder a tranquilidade imiscuindo-se
demasiadamente no que não lhe compete.
Ajudar não é dominar e interferir demasiada
e indevidamente.
Por outro lado, nem sempre a pessoa, quando
envolvida por um problema, deseja solucioná-lo por si própria.
Há aqueles que criam problemas para si e
depois querem jogar para os pais, para o marido, para a esposa ou para outras
pessoas para solucioná-los.
Existem aqueles que são especialistas em
arrumar “encrencas” e jogá-las para outra pessoa solucionar.
Cuidado, então, com os “aproveitadores”,
ajude, mas orientando-os e educando-os para que aprendam a ter “juízo”.
Mais adiante, pelo caminho da vida, André
exorta:
“Não se fixe tão fortemente nos aspectos
exteriores dos acontecimentos e sim coloque a sua visão interna nos fatos em
curso, a fim de que a compreensão lhe clareie os raciocínios”.
Esse ponto é muito importante para
desenvolver a serenidade e o realismo.
Os fatos são os fatos, porém o que nos toca
é como intelectual e emocionalmente reagimos diante deles.
Um fato bem prosaico: diante de baratas. Há
pessoas que ficam paralisadas e em pânico, outras saem correndo, e outras,
ainda, buscam o que for possível para matar o asqueroso inseto.
Diante de um fato, agradável ou desagradável,
vamos analisar racionalmente o que ele representa e controlar as emoções que
ele produz em nós para que possamos agir com tranquilidade e serenidade de
maneira a sabermos melhor aproveitá-lo em nossas vidas.
Comenta, ainda, o admirável Instrutor
Espiritual:
“Quando provações e dificuldades lhe
pareçam aumentadas, guarde paciência e otimismo, trabalhando e servindo, na
certeza de que Deus faz sempre o melhor”.
Pelo caminho da vida, ninguém pode
eximir-se de problemas, sejam eles de natureza física, como doenças; seja de
natureza emocional, como a tristeza e a depressão; seja de relacionamento: não
viver bem em família ou no trabalho.
No entanto, precisamos conduzir nossa
própria vida. Não se deixar levar por pensamentos sem controle; alguns emergindo
do nosso inconsciente mais primitivo ou mesmo do inconsciente remoto de outras
vidas.
Ante o problema é necessário usar a razão e
o entendimento para enfrentá-lo com otimismo e paciência, ou seja transformá-lo
em uma experiência produtiva em nosso caminhar pela vida.
É fundamental ter certeza de que Deus,
através de suas leis sábias e amorosas governa todo o Universo com eficiência e
desejando o bem de todos.
Inclusive o nosso!
Caminhemos, caminheiros, com sabedoria,
extraindo das experiências o melhor para as nossas vidas!
Bibliografia:
(1) – Respostas da vida,
André Luiz/F.C. Xavier, Ed. Ideal, 9ª Ed. Pág. 33.
Aylton Paiva é estudioso
da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.: Artigo publicado em 30/03/2012, no
Jornal Correio de Lins