domingo, 24 de junho de 2018

O caminho da vida


A vida é como um caminho pelo qual, dia a dia, devemos seguir.
Nessa caminhada vamos colhendo as mais diferentes experiências.
André Luiz (1) tece interessantes reflexões sobre esse caminhar e suas consequências.
Vejamos algumas considerações dele:
“Trazendo a sua consciência tranquila, nos deveres que a vida lhe deu a cumprir, você pode e deve viver a sua vida tranquila, sem qualquer necessidade de ser infeliz”.
Sim. Quando cumprimos os nossos deveres temos a tranquilidade na consciência. E se estamos com a consciência tranquila devemos viver tranquilamente a vida. Não é óbvio?
Nem sempre. Há pessoas que, de fato, cumprem o seu dever mas se agastam e se agitam se as outras pessoas não estão cumprindo o dever que lhes compete.
Então se aborrecem e se desarvoram, perdendo a própria tranquilidade.
Mais adiante ele afirma:
“Auxilie aos outros sem afligir-se demasiado com os problemas que apresentam, porque eles mesmos desejam solucioná-los por si próprios”.
Essa afirmação é interessante.
Há pessoas que desejam ajudar os outros, contudo se afligem um tanto que acabam por perder a tranquilidade imiscuindo-se demasiadamente no que não lhe compete.
Ajudar não é dominar e interferir demasiada e indevidamente.
Por outro lado, nem sempre a pessoa, quando envolvida por um problema, deseja solucioná-lo por si própria.
Há aqueles que criam problemas para si e depois querem jogar para os pais, para o marido, para a esposa ou para outras pessoas para solucioná-los.
Existem aqueles que são especialistas em arrumar “encrencas” e jogá-las para outra pessoa solucionar.
Cuidado, então, com os “aproveitadores”, ajude, mas orientando-os e educando-os para que aprendam a ter “juízo”.
Mais adiante, pelo caminho da vida, André exorta:
“Não se fixe tão fortemente nos aspectos exteriores dos acontecimentos e sim coloque a sua visão interna nos fatos em curso, a fim de que a compreensão lhe clareie os raciocínios”.
Esse ponto é muito importante para desenvolver a serenidade e o realismo.
Os fatos são os fatos, porém o que nos toca é como intelectual e emocionalmente reagimos diante deles.
Um fato bem prosaico: diante de baratas. Há pessoas que ficam paralisadas e em pânico, outras saem correndo, e outras, ainda, buscam o que for possível para matar o asqueroso inseto.
Diante de um fato, agradável ou desagradável, vamos analisar racionalmente o que ele representa e controlar as emoções que ele produz em nós para que possamos agir com tranquilidade e serenidade de maneira a sabermos melhor aproveitá-lo em nossas vidas.
Comenta, ainda, o admirável Instrutor Espiritual:
“Quando provações e dificuldades lhe pareçam aumentadas, guarde paciência e otimismo, trabalhando e servindo, na certeza de que Deus faz sempre o melhor”.
Pelo caminho da vida, ninguém pode eximir-se de problemas, sejam eles de natureza física, como doenças; seja de natureza emocional, como a tristeza e a depressão; seja de relacionamento: não viver bem em família ou no trabalho.
No entanto, precisamos conduzir nossa própria vida. Não se deixar levar por pensamentos sem controle; alguns emergindo do nosso inconsciente mais primitivo ou mesmo do inconsciente remoto de outras vidas.
Ante o problema é necessário usar a razão e o entendimento para enfrentá-lo com otimismo e paciência, ou seja transformá-lo em uma experiência produtiva em nosso caminhar pela vida.
É fundamental ter certeza de que Deus, através de suas leis sábias e amorosas governa todo o Universo com eficiência e desejando o bem de todos.
Inclusive o nosso!
Caminhemos, caminheiros, com sabedoria, extraindo das experiências o melhor para as nossas vidas!

Bibliografia:
(1) – Respostas da vida, André Luiz/F.C. Xavier, Ed. Ideal, 9ª Ed. Pág. 33.

Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).

Obs.: Artigo publicado em 30/03/2012, no Jornal Correio de Lins

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