Caro Confrade, que
sabe você sobre o Espiritismo em Lins? E você
associado da “Casa dos Espíritas”, que sabe sobre a sua Entidade? Neste número
e nos próximos procuraremos dar a você algumas informações a respeito deste
assunto.
Infelizmente não possuímos elementos para partirmos com o nosso estudo
desde a fundação da nossa cidade. Entretanto, por dedução, concluímos que onde
existam homens, existem médiuns e entre estes existem aqueles idealistas que
entregam parte de sua vida ao estudo e divulgação da Terceira Revelação. Logo
podemos afirmar que o Espiritismo em Lins iniciou com a chegada dos primeiros
núcleos habitacionais que a transformariam na então “Capital do Café”.
Entretanto, em que pese a carência de dados, podemos afirmar que à época
da elevação de Lins a categoria de município já existiam agrupamentos de
pessoas dedicadas ao estudo da Doutrina e congregados em centros trabalhavam em
beneficio do seu próximo.
Em 1.931, a nossa cidade possuía em franco funcionamento pelo menos
cinco associações espíritas, oficialmente organizadas e dirigidas por pessoas
conceituadas na época. Esta situação de diversas Entidades isoladas, mas unidas
na Fé, preocupavam os seus dirigentes que decidiram unir forças para um
trabalho comum.
Naquela ocasião nossa cidade contava com os seguintes centros: “O
Mensageiro do Órfão”, “C. E. Sinceridade e Fé”, “C. E. Amor e Caridade” e “C.
E. Trindade e Luz”, e que estavam entregues à direção dos idealistas Pedro
Severino Júnior, Júlio dos Anjos Gonçalves Salvador, Vicente do Rio Branco
Paranhos, Antonio de Souza Costa, José dos Reis, Jovino de Carvalho, Antonio
Teixeira, Dr. Luiz Parigot de Souza, Celestino Coelho, Simphronio Gonçalves,
João Zambom, Manoel José da Silva Pereira, Pedro Batista Pereira e muitos
outros.
A idéia de se fundar uma só Entidade que comandasse a Doutrina Espírita
na cidade tomou vulto e nos meados de 1931, já se organizavam os primeiros
estudos para a concretização do fato. A 22 de novembro de 1931, foi realizada a
primeira reunião preparatória, com esta finalidade, com a presença dos
senhores: Pedro Severino Júnior, pelo Centro “Mensageiro do Órfão”; Júlio dos
Anjos Gonçalves Salvador pelo “C. E. Sinceridade e Fé”, Vicente do Rio Branco
Paranhos pelo “C. E. Amor e Caridade” e José dos Reis pelo “C. E. Trindade e
Luz”.
Nesta reunião ficou decidido que:
1 – A fusão dos Centros existentes passaria a se chamar “União Espírita
Amor e Caridade”;
2 – Os bens patrimoniais passariam a pertencer ao grupo recém fundado,
e;
3 – A nova Diretoria seria formada por elementos de todos os grupos
participantes da fusão.
A 25 de novembro, foi realizada a segunda reunião com a finalidade de
aparar as possíveis arestas antes que se der definitiva a fusão. A esta reunião
estiveram presentes e se incorporaram à fusão os Srs. Silvio Campanelli e José
Ferreira Passo, representando os Cs. Es. “Conforto dos Fracos” e “Ismael”,
ambos de Guaiçara.
Tudo pronto para a fusão. Ficou marcada a data de 09 de dezembro para a
reunião de eleição e posse da Diretoria da “União Espírita Amor e Caridade”.
Naquela data, sob a direção do Sr. Vicente do Rio Branco Paranhos foi
instalada a reunião e nela eleita a nova Diretoria que ficou assim constituída:
Presidente: Pedro Longo Batista Pereira;
Vice Presidente: Vicente do Rio Branco Paranhos;
1º Secretário Manoel José da Silva Pereira;
2º Secretario: Francisco Fernandes Garcia;
1º Tesoureiro: Celestino Coelho;
2º Tesoureiro: Clodomiro Pereira de Barros;
1º e 2º Procuradores: João Zambom e João Palo, respectivamente:
Orador Stefano Aquari;
Fiscais: Antonio de Souza e Simpfronio Gonçalves.
A sede do “Centro Espírita Amor e Caridade” ficava à Rua Rio Branco (no
local onde se acha instalada a “Casa de Banhos”.
Boletim Casa dos Espíritas
nº 03
A Entidade nascente iniciou seus trabalhos em prol da Doutrina agora com
força redobrada. Entretanto o objetivo não vingou.
A medida que a cidade foi crescendo, com a chegada de novos habitantes,
também foi crescendo o número de espíritas e aficionados da 3ª Revelação, dando
ensejo a formação de novos grupos, fazendo com que a “União Espírita Amor e
Caridade” tivesse vida efêmera, desfazendo-se quase no nascedouro.
Ao atingirmos 1940, já o número de espíritas em nossa cidade era
incalculável. Surgiu novamente a ideia de fusão, só que desta vez seriam
tomados todos os cuidados para que a iniciativa não se perdesse novamente.
Os nossos idealistas persistiam na ideia de que se trabalhassem unidos
poderiam fazer muito mais em prol da comunidade; poderiam construir abrigos,
escolas, albergues, etc.
Em 1942, o “C. E. Sinceridade e Fé”, estava sob a Presidência do Dr.
Pedro Batista Pereira. Neste ano este grupo recebeu em doação definitiva do Sr.
Manoel Reis Gonçalves Salvador e D. Izaura Reis Gonçalves Salvador, o prédio
onde funcionava a sua Sede, a escritura de doação foi lavrada pelo Cartório do
2º Oficio de nossa cidade em 05 de julho de 1942.
Dois anos mais tarde, exatamente a 05 de julho de 1944 o Dr. Pedro
Batista comprava do Dr. Mario Pinto Avelar Fernandes, médico radicado em São
Paulo, o terreno localizado na confluência das Ruas Regente Feijó e Luiz Gama,
para nele se construir um Albergue.
Por seu turno, o “C. E. Amor e Caridade” havia adquirido o prédio da Rua
Rio Branco, 379, onde passou a funcionar a sua Sede (Hoje este prédio é sede da
Casa dos Espíritas).
O dinamismo e o alto espírito humanitário do Dr. Pedro Batista Pereira,
levou o “C. E. Sinceridade e Fé” a iniciar de imediato a construção do tão
almejado “Albergue Noturno Humberto de Campos”. Nesta altura dos acontecimentos
o ideal da criação de uma sociedade espírita única já estava no clímax dos seus
estudos. Unidos, seria mais fácil a construção da obra já iniciada.
Finalmente, após longos estudos, conseguiu-se chegar a um denominador
comum e, a 07 de janeiro de 1944, foi realizada na Sede do “C. E. Amor e
Caridade” a assembleia Geral para a fundação da União Espírita de Lins, “Deus,
Cristo e Caridade”. A essa Assembleia participou um outro grupo em franco
funcionamento em nossa cidade: O “C. E. Jesus é o Caminho” que tinha como
Presidente o Sr. Benedito R. Silva.
Estiveram presentes à Assembleia, além do Sr. José Di Lello, Presidente
do “C. E. Amor e Caridade”, o Sr. Pedro Batista Pereira e o Sr. Benedito R.
Silva, bem como os associados das três Entidades.
Nessa Assembleia foi nomeada uma comissão com atribuições de elaborar os
Estatutos da nova Entidade. Esta comissão foi presidida pelo Sr. Joaquim
Evilasio Coelho.
A primeira Diretoria da “União Espírita de Lins - Deus, Cristo e
Caridade”, foi eleita na data desta Assembleia e ficou assim constituída:
Presidente: Pedro Batista Pereira
Vice-Presidente: Manoel José da Silva Pereira
1º Secretario: Lourival Alonso
2º Secretario: Sidney de Paula
1º Tesoureiro: João Gonçalves
2º Tesoureiro: Antonio Lougon Moulin
Orador: José Di Lello
A esta Assembleia, além de pessoas gradas, convidadas para o evento e os
associados dos centros, estiveram presentes e participaram da mesma os
senhores: Felipe da Silva Lima, Amilcar André, Alfredo Cambiatti, Tertuliano
Tertulino Pereira, Benedito Rodrigues da Silva, Joaquim Evilasio Coelho, José
Masserano, Eduardo Machado e Hilário Ferreira da Silva.
Boletim Casa dos Espíritas
nº 04
No número anterior tomamos conhecimento da formação da primeira
Diretoria da União Espírita de Lins “Deus, Cristo e Caridade”.
Esta, de mangas arregaçadas, iniciou seu trabalho com a organização de
Departamentos para o atendimento de todos os setores de sua atividade. Assim,
enquanto uma equipe trabalhava na elaboração dos Estatutos definitivos a
Diretoria organizava a distribuição de Diretores para os Departamentos já
existentes e criava outros para o atendimento da parte de assistência social.
Os Centros que foram agregados, com a fusão, passaram a ter Diretores
próprios, mas com funcionamento subordinado a Entidade Sede. Desta forma, o
Grupo Espírita “Sinceridade e Fé”, passou a direção do Dr. Pedro Batista
Pereira (que acumulou as funções de Presidente da Diretoria da UEL) e do Sr.
José Masserano; o Centro Espírita “Amor e Caridade” à direção de Manoel José da
Silva Pereira e Alfredo Cambiatti; o Centro Espírita “Jesus é o Caminho”, o Sr.
Benedito R. Silva e Sr. Antonio Lougon Moulin; a Biblioteca Pública à direção
da Sra. Maria Hernandez, a “Caixa de Socorro aos Necessitados” à Dª Izaura
Bellazzi André; o Departamento de Assistência à Dª Arminda Nunes, e o Albergue
Noturno “Humberto de Campos”, com sua construção em franca atividade,
continuaria sob a responsabilidade da Diretoria da U. E. L.
Para a formação da “Juventude Espírita”, foi realizada uma Assembleia,
com a presença dos Diretores da UEL e grande número de jovens espíritas, no dia
07 de janeiro de 1945 e por deliberação dos presentes ficou aprovada a sua criação
com a denominação “Juventude Espírita Izabel Viana”.
O nome de “Izabel Viana” foi lembrado como patrona da Juventude pelos
membros constituintes da Assembleia para prestar uma homenagem póstuma a uma
jovem que residira na cidade de Bauru e que sua vida terrena mostrou-se
possuidora de altos princípios de moral e amor aos ensinamentos de Cristo. O
objetivo da Juventude seria congregar todos os jovens com idade superior a 13
anos e no máximo até 18 anos, para estudar a Doutrina Espírita e organizar escolas
dominicais onde pudessem reunir as crianças desejosas de se iniciarem nos
estudos do Espiritismo.
Boletim Casa dos Espíritas
nº 05
Com os Departamentos funcionando normalmente, as vistas dos Diretores da
UEL se voltaram para a conclusão das obras do Albergue Noturno. Entretanto não
obstante houvesse de boa vontade da parte de todos os espíritas, as obras
sofriam constantes interrupções, provocadas pela escassez de recursos
financeiros.
Por volta de 1947, funcionava em nossa cidade o Centro Espírita “Euripedes
Barsanulfo”, cuja sede estava instalada à Rua Campos Sales, 691 e do qual
participava entre outros, os senhores: João Alarindo, Cezar de Vasconcelos,
Amilcar André, Antonio Alfonso, João Pedro Nogueira e Dr. Abdias Nogueira. O
grupo havia iniciado na cidade a construção do Hospital Espírita “Dr. Adolfo
Bezerra de Menezes”.
A 28 de setembro de 1947, em reunião levada a efeito na Sede da U. E.
L., os elementos que compunham a Diretoria do C. E. “Euripedes Barsanulfo”,
solicitaram a cooperação da mesma na construção do Hospital e para que se
obtivesse total êxito na tarefa, o grupo proponente uniu-se à U. E. L.
incorporando à ela o seu Patrimônio, a exemplo das outras Entidades agregadas.
Como condições necessárias à efetivação da adesão o grupo exigia que:
1 – A União Espírita de Lins “Deus, Cristo e Caridade” se obriga a
respaldar os alicerces do prédio em construção e que se destina ao “Hospital
Bezerra de Menezes”, afim de não se perder os serviços já executados;
2 – A União Espírita se obriga a conservar o nome do Hospital que é Dr.
Adolfo Bezerra de Menezes.
Com a aprovação da Diretoria da U. E. L., o Centro Espírita “Euripedes
Barsanulfo” foi aceito de fato como adeso à mesma, passando a se denominar
“Departamento Euripedes Barsanulfo”. Com esse novo entendimento decidiu-se
paralisar-se as obras do Albergue Noturno, até que se terminassem os
compromissos assumidos com a construção do Hospital.
No ano seguinte seria eleita a nova Diretoria da UEL, com elementos
pertencentes aos dois grupos espiritas. Assim, em reunião realizada em 19 de
janeiro, secretariada pelo Sr. Alvaro Cardoso, constituiu-se a mesma com os
seguintes elementos:
Presidente: Pedro Batista Pereira;
Vice Presidente: Cesar de Vasconcelos;
1º Secretário: Antonio Alfonso;
2º Secretário: Hilário Ferreira da Silva;
1º Tesoureiro: Antonio Lougon Moulin;
2º Tesoureiro: João Gonçalves;
Zelador: Edmundo Passini;
Orador: Messias Alves Ferreira
Conselheiros: José Alarindo de Freitas, José Posetti, Leonidas Martins,
José Masserano, José Pedro Nogueira, Amilcar André, Anísio Martins Costa, José
Cirino, Manoel José da Silva Pereira e Francisco Teixeira de Melo.
Os grandes trabalhos a executar, a par dos não pequenos compromissos
assumidos pela Diretoria da U. E. L., transformaram o ano de 1948 em um período
difícil para a família Espírita de Lins, a qual no afã de construir para o bem
da Comunidade, não conseguia evitar que surgissem ideias divergentes no seio da
Entidade.
Com referência ao “Departamento Euripedes Barsanulfo”, em que pese ter
aceito unir-se à UEL, esta união em termos jurídicos nunca se efetivou. As
obras iniciadas, embora com extrema dificuldade continuaram a ser executadas e,
a 17 de janeiro de 1949, o Albergue Noturno foi dado como em condições de uso e
procedida a sua inauguração, embora não estivesse totalmente terminado.
Já podíamos dar pouso e um pouco de conforto, gratuitamente aos menos
afortunados que se dirigissem ao Albergue. Nos primeiros dez meses de
funcionamento foram abrigados 1888 pessoas.
Com o Albergue funcionando, os esforços foram somados para as obras do
Hospital. Neste mesmo ano, no mês de outubro, foi constituída a “Comissão Pró
Construção e Prosseguimento das Obras do Hospital Dr. Adolfo Bezerra de
Menezes”, que tinha sobre si a responsabilidade dar continuidade à construção e
manter-se em contato com a Diretoria da UEL. A Comissão estava composta dos
Senhores:
Presidente: Antonio Alfonso;
1º Secretário: João Alarindo de Freitas;
2º Secretário: Hilário Ferreira da Silva;
1º Tesoureiro: Antonio Lougon Moulin;
2º Tesoureiro: João Gonçalves;
Diretor de Construção: Engenheiro José Masserano;
Membros: Francisco Teixeira de Melo, Ramiro Vieira, Otávio Noronha
Ribeiro, José Cirino, Olimpio Vieira, Sargento Emilio Armando Mathos, Sargento
Claudino Geraldo da Silva, José Pedro Nogueira, Amilcar André, Alfredo
Cambiatti, Durval Alves, Alvaro Cardoso, Gervásio de Lima e Arlindo B. Correia.
Com essa Comissão estruturada, tanto as obras da construção como as
atividades da Diretoria da UEL, transcorreram normalmente até 1952.
Neste ano foi fundada em Lins a UMEL (União Municipal Espírita de Lins),
com a finalidade de unificar a direção e organizar o movimento espírita
municipal. Compunha-se de elementos pertencentes a todos os grupos espíritas
constituídos na cidade.
A sua organização se deu em 07 de setembro de 1952, e os Estatutos foram
registrados em 28 de agosto de 1957.
Em abril de 1958, a Diretoria da União Espírita de Lins, iria ter
grandes problemas a resolver. Ideias divergentes vieram provocar o pedido de
demissão de diversos elementos. Por sua vez, o Dr. Pedro Batista Pereira, que
ainda ocupava as funções de Presidente da Entidade, sentindo-se sem condições
de continuar em seu posto, viria também colocar o seu cargo a disposição do
Conselho, após mais de 15 anos de serviços prestados a UEL e ao Espiritismo em
Lins.
Com a cisão havida na Diretoria, o Conselho Deliberativo se reuniu a 1º
de maio, elegendo os seguintes elementos:
Presidente: Paulo Guimarães;
Vice-Presidente: Amilcar André;
1º Secretario: Jorge Figueiredo;
2º Secretário: Tenente Paulo Sergio Borba Nunes;
1º Tesoureiro: Tenente João Rodrigues Felicidade;
2º Tesoureiro: Alfredo Cambiatti;
Representante junto aos Departamentos: Antonio Alfonso;
Orador: Capitão Raphael Citadino de São Paulo;
Zelador: Martinho Frederico Wieck.
Retornando novamente os trilhos, a UEL continuou sua tarefa em ritmo
normal até o ano de 1958. Embora nas eleições bianuais houvessem alterações nos
demais cargos, o Sr. Paulo Guimarães continuou a frente da Entidade até
novembro de 1969, quando transferiu sua residência para a cidade de Bauru.
Durante o período de sua gestão foram elaborados os regulamentos da
Mocidade Espirita Izabel Viana, Albergue Noturno “Humberto de Campos” e da
Biblioteca Espírita, e o ponto alto de sua administração foi a reforma total
dos Estatutos da entidade em 1968. A principal modificação estatuária foi a
mudança do nome da União Espírita de Lins “Deus, Cristo e Caridade” para “Casa
dos Espíritas”.
Convém ressaltar que esta alteração foi muito importante para
identifica-la da UMEL, pois até aquela data muita confusão se fazia para
compreender as atribuições da UEL e UMEL. O período restante ao mandato do Sr.
Paulo Guimarães, foi preenchido pelo Tesoureiro, Nilson Pinheiro.
Em 1970, foi composta a atual Diretoria cujo mandato vigirá até o
próximo mês de janeiro de 1973, e está composta dos seguintes diretores:
Presidente: Nilson Pinheiro;
Vice-Presidente: Edgar Castro Coelho;
1º Secretario: José Garcia Martins;
2º Secretário: Prof. José Constantino Real;
1º Tesoureiro: Cassio Casarini de Carvalho;
2º Tesoureiro: Nélio Alfieri.
Prezado confrade, neste número encerramos a publicação dos apontamentos
que nos foi dado recolher sobre a biografia da “Casa dos Espíritas”. Esperamos
ter contribuído de alguma forma para ilustrar e reviver alguns pontos
interessantes da Doutrina Espírita em nossa cidade.
(OS) – Este trabalho foi compilado tomando por base informes retirado
dos livros de Atas da Casa dos Espíritas. Lins (SP), 02/12/1972.
Fim do mandato da diretoria (jan/73 a jan/75), no dia 19/01/1975, pelo Conselho Deliberativo da Casa, foi eleita a nova diretoria, para o biênio jan/75 a jan/77, que ficou assim constituída:
Nesta gestão foram desenvolvidas várias atividades doutrinárias, com a organização do Departamento Doutrina, que disciplinou as sessões de estudos com cursos apostilados, dentro dos princípios estabelecidos pela codificação kardequiana, bem como as sessões de passes e mediúnicas.
Na parte administrativa, foram realizadas várias reuniões e palestras para os diretores e conselheiros, visando orientar os mesmos para as obrigações de caráter administrativo, com o Economista Reynaldo Becari.
Construção da nova sede: Com as primeiras providências tomadas pela diretoria anterior, a diretoria eleita em janeiro de 1975 estabeleceu como meta prioritária a construção da nova sede social da Casa dos Espíritas, em terreno onde funcionou a Casa de Banhos, na esquina da rua Rio Branco com a rua Paulo Aparecido Giraldi. As primeiras providências foram: estabelecer as diretrizes, os programas, em fim o planejamento para tão grande e importante empreendimento.
Criação de Grupos para a construção da nova sede:
Para a distribuição de funções e de trabalho, foi criada a Comissão e Grupos , prol construção da nova sede, sendo que essa Comissão foi divida em seis (6) grupos de trabalho, assim classificado;
Grupo de contratação de pessoal
Grupo de análise de contratos
Grupo de compra de material
Grupo de fiscalização e acompanhamento da obra
Grupo da campanha financeira
Grupo de venda de imóveis
Coordenador Geral: Arquimedes Brumati.
A Casa dos Espíritas, tem hoje atividades doutrinárias e assistências em todos os dias da semana, atendendo as pessoas com instruções, amparo espiritual e assistencial.
NOSSA HISTÓRIA
CASA DOS ESPÍRITAS
(continuação)
Em janeiro de 1973,foi
eleita a nova diretoria da Casa para o período de janeiro de 1973 a janeiro de 1975 (biênio),
nesse período além da manutenção normal
das atividades da Casa dos Espíritas, foram tomadas várias providências
com relação a construção da nova sede da
“Casa”, a ser edificada na rua Paulo A. Giraldi, esquina com a rua Rio
Branco, como a elaboração de plantas e
outras providências burocráticas para o início das obras.
Fim do mandato da diretoria (jan/73 a jan/75), no dia 19/01/1975, pelo Conselho Deliberativo da Casa, foi eleita a nova diretoria, para o biênio jan/75 a jan/77, que ficou assim constituída:
Presidente: Arquimedes
Brumati
Vice-Presidente: Hans
Loosli
1º
Secretário: Nilson Pinheiro
2º
Secretário: Joaquim Tomaz Sanches
Madureira
1º Tesoureiro: Cássio Casarini de Carvalho
2º
Tesoureiro: Anibal Rossignoli Filho
Nesta gestão foram desenvolvidas várias atividades doutrinárias, com a organização do Departamento Doutrina, que disciplinou as sessões de estudos com cursos apostilados, dentro dos princípios estabelecidos pela codificação kardequiana, bem como as sessões de passes e mediúnicas.
Na parte administrativa, foram realizadas várias reuniões e palestras para os diretores e conselheiros, visando orientar os mesmos para as obrigações de caráter administrativo, com o Economista Reynaldo Becari.
Construção da nova sede: Com as primeiras providências tomadas pela diretoria anterior, a diretoria eleita em janeiro de 1975 estabeleceu como meta prioritária a construção da nova sede social da Casa dos Espíritas, em terreno onde funcionou a Casa de Banhos, na esquina da rua Rio Branco com a rua Paulo Aparecido Giraldi. As primeiras providências foram: estabelecer as diretrizes, os programas, em fim o planejamento para tão grande e importante empreendimento.
Criação de Grupos para a construção da nova sede:
Para a distribuição de funções e de trabalho, foi criada a Comissão e Grupos , prol construção da nova sede, sendo que essa Comissão foi divida em seis (6) grupos de trabalho, assim classificado;
Grupo de contratação de pessoal
Componentes: Hans Loosli,
Joaquim T.S. Madureira e Nicanor Gonçalves
Grupo de análise de contratos
Componentes: Aylton Guido
Coimbra Paiva, Cel. Benedito Rodrigues e Cássio Casarini de Carvalho
Grupo de compra de material
Componentes: Antônio
Alfonso, Hans Loosli e Fructuoso Queiroz Pimentel
Grupo de fiscalização e acompanhamento da obra
Componentes: Irajá Pereira
Cardoso, Lauro Penteado Camargo
Grupo da campanha financeira
Aylton Guido Coimbra Paiva
e Anibal Rossignoli Filho.
Grupo de venda de imóveis
Componentes: Antônio
Alfonso, Nilson Pinheiro e Anibal Rossignoli Filho
Coordenador Geral: Arquimedes Brumati.
A
partir dessa organização, passou-se a trabalhar a todo “vapor” com diversas
reuniões, onde foram tomadas resoluções importantes e reais visando a
arrecadação de recursos para as primeiras etapas da obra a ser iniciada, como
por exemplo a 1ª Campanha das Notas Promissórias, comprometimento de vários
colaboradores com pagamento mensais de valores, durante aproximadamente doze
meses; a 2ª Campanha dos Chaveiros, quando se vendeu chaveiros personalizados
com estampa de uma rosa, sendo que essa campanha alcançou um resultado apenas
razoável. Simultaneamente a essas campanhas de arrecadação de recursos,
providências outras como a Venda de Imóveis, conforme autorização em Assembleias
Gerais realizadas em 21.04.74 e 02.08.75, dos seguintes imóveis: Terreno situado
nas confluências das ruas Glicério com a José Francisco Ribeiro; terreno
localizado à rua Pirajuí – Vila Ribeiro, prédio com terreno localizado à rua
Bahia, e ainda a sede da rua Rio Branco, 379, centro da cidade, sendo esta a
primeira grande transação, vendida ao Sr. Wadner Cuculo, pela importância de
Cr$ 180.000,00 (Cento e oitenta mil cruzeiros), nas seguintes condições: Uma
entrada de Cr$ 30.000,00 (trinta mil cruzeiros), em 18.08.75 e mais 10 promissórias
de Cr$ 15.000,00(quinze mil reais), vencíveis todo dia 18 de cada mês, a partir
de 18.09.75, com o prazo de entrega do imóvel em fevereiro de 1976. Foi vendida
ao Sr. Zaide Plaça, o terreno da rua Glicério, com a José Francisco Ribeiro, na
Vila Ribeiro, pela importância de Cr$ 35.000,00 (trinta e cinco mil cruzeiros),
nas seguintes condições : Cr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros) de entrada , dia
17.12.75, e mais duas (2) parcelas de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros),
vencíveis em 17.02.76 e 17.04.76.
Construção propriamente dita da nova
sede
Para
a construção da nova sede da Casa dos Espíritas, foram contratados os serviços
dos engenheiros Sebastião Conti Netto e Claire Campitelli Conti, pela
importância de Cr$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos cruzeiros), que
completaram e regularizaram as plantas e demais documentos atinentes à obra,
ficando responsáveis pela administração da mesma. Contratamos para a mão de
obra os serviços da Ascom Construtora Ltda., de propriedade do Sr. Walter
Ariano Moi, firma essa que ganhou a concorrência, após reunião da Comissão com
a Diretoria da Casa, com o valor de Cr$ 149.354,96 (cento e quarenta e nove
mil, trezentos e cinquenta e quatro cruzeiros e noventa e seis centavos), com a
distribuição dessa importância em sete (7) parcelas, vencendo a primeira em
26/06/75, no valor de Cr$ 21.420,00 (vinte e um mil, quatrocentos e vinte
cruzeiros) e o restante, seis (6) parcelas vencíveis a cada trinta (30) dias,
ou conforme as medições, com término previsto para 26.12.75.
A
construção da nova sede teve início em 26.05.1975, sendo que para isso já
tínhamos os primeiros materiais adquiridos, como: ferro, tijolos, cimento e
outros. Muitas foram as colaborações que recebemos, onde podemos destacar o
madeiramento, inclusive o tapume, doadas pelo Banco Bradesco que acabara de
concluir a sua nova e bela agência, colaboração possível pela atuação do nosso
2º tesoureiro, Sr. Anibal Rossignoli então subgerente do Banco e também do Sr.
José Arroio Pulga, gerente na época, a quem nos muito agradecemos. Tivemos
também a ajuda valiosa da Prefeitura Municipal de Lins, cujo prefeito Dr.
Rubens Furquim, nos doando todo o material de um barracão do antigo 4ª BC
(quartel do exército) que havia se mudado para as novas instalações. Desse
barracão foram tirados tijolos que serviram para o contra piso, bem como o
madeiramento e telhas para a cobertura do prédio.
Foi
assim, com muito trabalho e colaboração de várias pessoas e união do grupo que
durante os anos de 1975/1976 a construção da nova sede, tornou-se uma
realidade, sendo que no mês de abril de 1976, programou-se uma série de
palestras, com diversos oradores de renome, para marcar as atividades na “nova”
Casa dos Espíritas.
O
Programa de inauguração, durante o mês de abril, foi assim organizado:
Dia
03(sábado) palestra com o Dr. Jarbas Marinho, membro do Instituto de
Psicobiofísica de São Paulo; Dia 04 (domingo) palestra com Richard Simonetti e
Sidney Fernandes, membros da União Municipal Espírita de Bauru e do Centro
Espírita Amor e Caridade; Dia 10 (sábado) palestra com o confrade Felipe
Salomão, membro da União Municipal Espírita de Franca; Dia 11(domingo) palestra
com o confrade Israel Antônio Alfonso, membro do 23 Conselho Regional Espírita;
Dia 17 (sábado) palestra com o Dr. Orlando Ayrton de Toledo, membro do Centro
Espírita Obreiros do Bem, da cidade de Araraquara; dia 18 (domingo) palestra
com o Prof. José Jorge, membro do Conselho Federativo da Federação Espírita
Brasileira do Rio de Janeiro; dia 24 (sábado) palestra com o Prof. Rodrigues
Ferreira, membro da União Municipal Espírita de São José do Rio Preto; Dia 25 (domingo),
palestra com o confrade Dr. Antônio Cesar Perri de Carvalho, membro da União
Municipal Espírita de Araçatuba, encerrando o Ciclo de palestras alusivas a
inauguração da nova sede.
Concluído
o prédio, partiu-se para a adequação de suas instalações, de conformidade com
as necessidades e exigências para o bom funcionamento, sendo que aí contamos
mais uma vez com a colaboração do Vice-Presidente Hans Loosli, que dou cadeiras
universitárias num total de 120, também para a sala do jardim foi devidamente
equipadas com mesinhas e cadeirinhas. Para o salão de palestras, conseguimos
junto à empresa Peduti de Botucatu a doação de 160 cadeiras de cinema, que
depois de devidamente recuperadas pela empresa Indústria Colombia, foram instaladas
e depois completas com a doação também da empresa Peduti, que na época estava
desativando os cinemas, desta feita vieram da cidade de Getulina. Outras
doações de aquisições de móveis foram sendo conseguidas e a nova sede estava
pronta para as atividades funcionais.
A Casa dos Espíritas, tem hoje atividades doutrinárias e assistências em todos os dias da semana, atendendo as pessoas com instruções, amparo espiritual e assistencial.
Lins (SP) 29/07/2018
Casa dos Espíritas – Lins (SP)
Casa dos Espíritas – Lins (SP)
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