terça-feira, 7 de junho de 2016

A Busca da Paz

Aylton Paiva
Existem histórias, estórias e reflexões que vale a pena reencontrá-las.
Mexendo em meus papéis encontrei uma. Demorei lendo-a novamente e sobre ela refletindo. Afinal busco a paz.
E esse é um estado de alma que é muito desejado: a paz!
Considera-se a paz aquele estado espiritual ou emocional de tranqüilidade, com a ausência de problemas físicos, espirituais, psicológicos, econômicos, enfim de tudo que traga intranqüilidade e mal-estar.
Nas condições em que vivemos e no mundo que vivemos será possível encontrar esse céu ou paraíso?
Todos alimentamos esse desejo!
Vale até lembrar uma história que se retrata em paginas de livros ou flui pelas mensagens na internet.
Toda boa história ou estória que se preze começa assim:
“Era uma vez um rei que instituiu um prêmio ao artista que pintasse um quadro que melhor retratasse a paz.
Vários artistas se propuseram a atender o desejo do rei apresentando-lhe as pinturas que tinham feito.
Após examinar muitos quadros, o rei selecionou dois e entre eles ficou dividido: qual melhor retratava a paz.
O primeiro representava um lago com a superfície serena.
Ele espelhava altas e verdes montanhas que se espraiavam ao seu derredor.
Coroando essa paisagem encimava um céu azul com nuvens brancas.
Quase todas as pessoas a quem o rei apresentava o quadro diziam que ele simbolizava muito bem a paz.
Por incrível que pareça, o quadro pintado por outro artista também retratava montanhas, porém eram escarpadas, desnudas.
Acima um céu ameaçador, com nuvens escuras, relâmpagos tenebrosos e chuva assustadora.
Da fenda de uma montanha irrompia uma cachoeira pontilhada de rochas pontiagudas.
O rei, ensimesmado, contemplava aquela agressiva natureza, nada pacífica, quando notou em um canto, entre a junção de duas rochas um arbusto, sobrevivendo naquele ambiente devastador e nele um pássaro havia feito o seu ninho.
No meio daquele torvelinho de águas, no frágil arbusto a mamãe pássaro localizara o seu ninho.
Após demorada observação, o rei, com a visão da estética e a sensibilidade da emoção, escolheu o segundo quadro para o espanto da corte com os seus cultores da arte.
Explicou, então, o rei:
- A paz não significa não ter problemas, dificuldades, obstáculos, incompreensões, medos, ameaças...
A paz é estar no meio disso tudo e estar calmo, como a mamãe pássaro.“
O Mestre Jesus também disse:
A minha paz eu vos deixo, a minha paz eu vos dou.
E a sua paz era vivida no meio da ignorância, dos ataques, da traição, da tortura e da morte, ensinando e vivendo a justiça e o amor.
A paz é uma construção constante em cada pessoa, em cada país e na humanidade.
A paz é a busca do equilíbrio no desequilíbrio de emoções, sentimentos e valores que vivemos.
Portanto, a paz é um estado espiritual ou psicológico que deveremos permanentemente construir, realizando em nós e, tanto quanto possível, ao nosso redor.
Para isso, pede-nos compreensão, entendimento. Análise da situação conflitiva ou dolorosa que estamos vivendo: o que fazer? Como fazer? E para quê fazer.
É fundamental entendermos que não encontraremos a paz, mas construiremos a paz!
Pensemos nisso, especialmente nos momentos em que sentirmos que o nosso momento de paz está se desestabilizando.

Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com.br)


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