Aylton Paiva |
A
interação entre essas duas esferas de vidas é muito intensa e significativa.
Constantemente
milhares de pessoas nascem para a Terra e milhares de pessoas partem para o
Céu, no amplo sentido de vida espiritual.
Nessa
inter-relação, os seres encarnados ajudam os seres espirituais e, por sua vez,
estes amparam os que permanecem estagiários no mundo físico.
Para
todos vigem as Leis do amor e da evolução.
No
prosseguimento de suas tarefas, no mundo espiritual, André Luiz, habitante da
cidade espiritual de Nosso Lar (1), relata as ações entre uns e outros em
entrelaçamento de vidas através dos elos da paixão, do ódio, do amor, da
dominação e do altruísmo no caminho do aprimoramento de seres e de sentimentos,
no relatório intitulado: Entre a Terra e o Céu (2).
Analisando
os fatos e as ações, comenta Emmanuel: “Desta história, recolhida por André
Luiz entre a Terra e o Céu, destacam-se os impositivos do respeito que nos cabe
consagrar ao corpo físico e o culto incessante de serviço ao bem, para
retirarmos da romagem terrena as melhores vantagens à vida imperecível...”
...Aqui,
os quadros fundamentais da narrativa nos são intimamente familiares...
O
coração aflito em prece.
A
mente paralisada na ilusão e na dor.
O
lar varrido de provações.
A
senda fustigada de lutas.
O
desvario do ciúme.
Embates
do pensamento.
Conflitos
da emoção.
E
sobre a contextura dos fatos puros e simples paira, por ensinamento central, a
necessidade de valorização dos recursos que o mundo nos oferece para a
reestruturação do nosso destino.
Em
muitas ocasiões somos induzidos a fitar a ampliação celestial, incorporando
energia para conquistar o futuro; entretanto, muitas vezes somos constrangidos
a observar o trilho terrestre, a fim de entender o passado a que nosso presente
deve a sua origem.
Neste
livro, somos forçados a contemplar-nos por dentro, no chão de nossas
experiências e de nossas possibilidades, para que não nos falhe o equilíbrio à
jornada redentora, no rumo do porvir.
Dele
surge a voz inarticulada do Plano Divino, exortando-nos sem palavras:
-
A Lei é viva e a justiça não falha! Esquece o mal para sempre e semeia o bem
cada dia!...
Ajuda
aos que te cercam, auxiliando a ti mesmo! O tempo não para, e, se agora
encontrastes o teu “ontem”, não olvides que o teu “hoje” será a luz ou a treva
do teu “amanhã”!... (pág. 7 e 8)
Na
história relatada vamos encontrar um grupo de almas que se aproximam pelo amor
ou se repelem pelo ciúme, no enredo de paixões desequilibrantes.
Reencontram-se,
no presente, para os necessários reajustes de condutas infelizes à época da
Guerra do Paraguai, daí a afirmação de Emmanuel: "O tempo não para, e, se
agora encontras o teu “ontem”, não olvides que o teu “hoje” será a luz ou a
treva do teu “amanhã”.
E
ao final, quando o grupo de almas está mais reajustado, assim ora o Mentor
Espiritual Clarêncio:
-
“...Faze-nos compreender, no campo que lutamos, a rica sementeira de renovação
e fraternidade em que a todos nos cabe apreender. Que possamos, enfim, ser mais
irmãos uns dos outros, no cultivo da paz, pelo esforço no bem...” (pág. 262).
Bibliografia:
(1)
Nosso
Lar – André Luiz/F. C. Xavier – Ed. FEB;
(2)
Entre
a Terra e o Céu - André Luiz/F. C. Xavier – Ed. FEB.
Aylton
Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na
sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.:
Artigo publicado em 20/07/2011, no Jornal Correio de Lins
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