terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Quem ama, perdoa aos outros e a si próprio

Aylton Paiva
Sem dúvida entre a Terra e o Céu ocorrem muitas coisas, e somente ao longo dos anos é que as verdades vão se destacando das histórias, dos mitos e das ilusões.
A interação entre essas duas esferas de vidas é muito intensa e significativa.
Constantemente milhares de pessoas nascem para a Terra e milhares de pessoas partem para o Céu, no amplo sentido de vida espiritual.
Nessa inter-relação, os seres encarnados ajudam os seres espirituais e, por sua vez, estes amparam os que permanecem estagiários no mundo físico.
Para todos vigem as Leis do amor e da evolução.
No prosseguimento de suas tarefas, no mundo espiritual, André Luiz, habitante da cidade espiritual de Nosso Lar (1), relata as ações entre uns e outros em entrelaçamento de vidas através dos elos da paixão, do ódio, do amor, da dominação e do altruísmo no caminho do aprimoramento de seres e de sentimentos, no relatório intitulado: Entre a Terra e o Céu (2).
Analisando os fatos e as ações, comenta Emmanuel: “Desta história, recolhida por André Luiz entre a Terra e o Céu, destacam-se os impositivos do respeito que nos cabe consagrar ao corpo físico e o culto incessante de serviço ao bem, para retirarmos da romagem terrena as melhores vantagens à vida imperecível...”
...Aqui, os quadros fundamentais da narrativa nos são intimamente familiares...
O coração aflito em prece.
A mente paralisada na ilusão e na dor.
O lar varrido de provações.
A senda fustigada de lutas.
O desvario do ciúme.
Embates do pensamento.
Conflitos da emoção.
E sobre a contextura dos fatos puros e simples paira, por ensinamento central, a necessidade de valorização dos recursos que o mundo nos oferece para a reestruturação do nosso destino.
Em muitas ocasiões somos induzidos a fitar a ampliação celestial, incorporando energia para conquistar o futuro; entretanto, muitas vezes somos constrangidos a observar o trilho terrestre, a fim de entender o passado a que nosso presente deve a sua origem.
Neste livro, somos forçados a contemplar-nos por dentro, no chão de nossas experiências e de nossas possibilidades, para que não nos falhe o equilíbrio à jornada redentora, no rumo do porvir.
Dele surge a voz inarticulada do Plano Divino, exortando-nos sem palavras:
- A Lei é viva e a justiça não falha! Esquece o mal para sempre e semeia o bem cada dia!...
Ajuda aos que te cercam, auxiliando a ti mesmo! O tempo não para, e, se agora encontrastes o teu “ontem”, não olvides que o teu “hoje” será a luz ou a treva do teu “amanhã”!... (pág. 7 e 8)
Na história relatada vamos encontrar um grupo de almas que se aproximam pelo amor ou se repelem pelo ciúme, no enredo de paixões desequilibrantes.
Reencontram-se, no presente, para os necessários reajustes de condutas infelizes à época da Guerra do Paraguai, daí a afirmação de Emmanuel: "O tempo não para, e, se agora encontras o teu “ontem”, não olvides que o teu “hoje” será a luz ou a treva do teu “amanhã”.
E ao final, quando o grupo de almas está mais reajustado, assim ora o Mentor Espiritual Clarêncio:
- “...Faze-nos compreender, no campo que lutamos, a rica sementeira de renovação e fraternidade em que a todos nos cabe apreender. Que possamos, enfim, ser mais irmãos uns dos outros, no cultivo da paz, pelo esforço no bem...” (pág. 262).

Bibliografia:
(1)        Nosso Lar – André Luiz/F. C. Xavier – Ed. FEB;
(2)        Entre a Terra e o Céu - André Luiz/F. C. Xavier – Ed. FEB.

Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.: Artigo publicado em 20/07/2011, no Jornal Correio de Lins


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