domingo, 20 de agosto de 2017

Daqui a cem anos

Reflexão
Durante minha caminhada costumeira, estando mais descontraído e um pouco desligado das atribuições da rotina diária, dando asas aos meus pensamentos, passei a analisar a vida a partir do seguinte aspecto:
- Já que somos criaturas cujo espírito é imortal, onde estaremos daqui a cem anos? Que lembranças teremos dos tempos de agora? Que terá sido dos amigos, familiares e parentes que compartilham nosso dia-a-dia de hoje? Estarão conosco? E aqueles que hoje consideramos “a pedra em nosso sapato”, onde estarão?
Não temos dúvidas de que o ensinamento que diz que tudo que se planta, se colhe, é uma realidade, e também que os bens materiais que conseguimos acumular (imóveis, jóias, dinheiro, etc.) têm importância significativa, mas apenas para o nosso usufruto aqui no planeta; e que a riqueza que realmente possuímos e que levamos conosco para o novo plano na eternidade, são as qualidades que temos, boas ou más.
Assim sendo, nos convém que aperfeiçoemos as boas qualidades, os valores morais como a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a honestidade, o amor ao próximo, etc. e também que comecemos a entender essa necessidade do desapego aos bens materiais, que não significa jogar tudo pelos ares coisas que conseguimos com sacrifícios, mas sim, que são coisas que temos como um empréstimo do criador e que deverão ficar para o usufruto das novas gerações, que não devemos levar conosco preocupações em relação ao destino desses bens terrenos que deixamos. Todos estes valores constituem a condição propulsora da elevação da alma.
Aprendemos também que, na hora da prestação de contas, que irá apurar nosso saldo positivo ou negativo diante da vida, não nos será perguntado se aqui na terra fomos “diplomatas ou operários”, se fomos ricos ou pobres, porque todos nós temos provações específicas nas diversas áreas de atividades, que fazem parte da jornada evolutiva de cada um... Mas, sim, nos será perguntado o que fizemos de bom, no meio em que fomos colocados para viver.
Se assim for, estaremos bem se tivermos aplicado nosso tempo no trabalho honesto, em obras e ações positivas, se nos melhoramos moralmente... E teremos em nossa companhia no novo plano de vida as pessoas que têm afinidade conosco, ou seja, aqueles imbuídos das mesmas virtudes, quer sejam parentes, amigos ou desconhecidos, porque somos espíritos individualizados.
Caso contrário, estaremos em meio a pessoas que comungam com nossas idéias levianas, com nosso instinto agressivo, com nosso orgulho, egoísmo, inveja, etc., porque pela lógica, anjos e demônios não devem compartilhar o mesmo ambiente.
Assim é que a doutrina espírita nos esclarece, que vamos poder estar em boa ou má condição, de acordo com a bagagem que levarmos na travessia para a vida maior.
Conclui-se então que “daqui a cem anos”, estaremos no lugar que reservarmos para nós hoje. Portanto, agora é a hora de analisarmos nosso comportamento, nossos atos, e prepararmos nosso lugar para o futuro.
Pense nisso!

Nelson Nascimento

e-mail: nelson.nascimento1@yahoo.com.br

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