A Doutrina Espírita diz que todos nós, como criaturas
do Supremo Criador – Deus, fomos criados para vivermos a felicidade.
Criados simples e ignorantes todos nós, espíritos
imortais, deveremos caminhar para a perfeição compatível com a criatura.
Conforme a questão nº 115 de O Livro dos Espíritos: “Deus criou todos os Espíritos simples e
ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de
esclarecê-lo e de os fazer chegar progressivamente à perfeição. Nesta perfeição
é que eles encontram a pura e eterna felicidade”. (1)
Nessa caminhada deveremos, gradativamente, desenvolvermos:
a inteligência, os sentimentos e as emoções.
Por isso é muito importante como “vemos a vida”!
Vou relatar uma história muito elucidativa:
“Conta-se que uma indústria de calçados do Rio Grande
do Sul, vendo que o mercado interno estava bastante competitivo, pensou em
exportar sapatos para a Índia. Após elaborar um detalhado projeto, enviou dois
consultores para lá, a fim de realizarem algumas pesquisas de campo e analisar
o potencial de mercado do país.
Após algumas semanas, um dos consultores enviou o seguinte
e-mail à diretoria da empresa:
- Senhores, cancelem o projeto de exportação de
calçados para a Índia, pois aqui ninguém usa sapatos.
Os diretores ficaram pensativos, mas resolveram esperar
o segundo consultor. No dia seguinte, receberam a mensagem:
- Senhores tripliquem o projeto de exportação de
calçados para a Índia, pois aqui ninguém usa sapatos, ainda. (2)
Observemos como as situações da vida podem ser
apreciadas de forma diferentes: de forma positiva ou de forma negativa.
No caso relatado, um consultor pessimista vê o fato:
pessoas não usam sapato, de forma pessimista; o outro consultor vê o mesmo fato
de forma otimista.
A situação de as pessoas não usarem sapato, porque
andam de sandália ou mesmo descalças é um fato que pode ser encarado de forma
pessimista ou otimista.
Sob o aspecto pessimista, ou melhor, realista,
constata-se a natural dificuldade em abrir um mercado novo para esse possível
cliente, no entanto, de forma otimista pode-se considerar o potencial que esse
mercado oferecerá se for adequadamente motivado para o uso do sapato.
Assim, de maneira geral, são os fatos em nossas vidas.
A nossa sensibilidade é fundamental para sermos
realistas, buscarmos novas soluções, abrir novos horizontes, encontrar
respostas eficientes para os desafios.
“Na obra citada encontramos, ainda, os questionamentos:
Com qual dos consultores você mais se identifica?
De modo geral, você é otimista ou pessimista? Porque?
Como pode melhorar essa postura? (3)
Entre os dois extremos: pessimista e otimista,
acreditamos que a melhor postura mental e de conduta é a: realista.
E o que seria a conduta realista?
É ter condições de ver em todas as situações os valores
que nos levam ao otimismo e, também, todos os fatores que nos puxam para o
pessimismo.
Contrabalançar esses dois extremos é viver de forma
saudável e construtiva.
É saber ver a vida pela ótica da verdade.
Daí lembrarmos a afirmativa do Mestre Jesus: “Conhecereis
a Verdade e ela vos fará livres”.
Bibliografia:
(1) – O Livro dos Espíritos, Allan Kardec
– Ed. FEB. Pág. 115;
(2) – Parábolas de Liderança,
Darlei Zanon, Ed. Paulus, pág. 28;
(3)
– Parábolas de Liderança, Darlei Zanon, Ed. Paulus,
pág. 29.
Aylton Paiva é estudioso
da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.: Artigo publicado em 01/06/2012, no
Jornal Correio de Lins
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