“O mundo tornou-se perigoso porque os homens aprenderam
a dominar a Natureza antes de se dominarem”. Albert Schweitzer
O dia Mundial do Ambiente é celebrado em 05 de junho e
foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas pela Resolução XXVII, de 15
de dezembro de 1972.
Vivemos em um mundo maravilhoso que se chama planeta
Terra.
É a nossa casa planetária onde milhares de seres vivem
e desenvolvem as suas potencialidades. Todos os seres viventes, inclusive o ser
humano.
No entanto, é preciso saber usar os bens que ela nos
proporciona.
Allan Kardec indagou aos Mentores Espirituais: “O uso
dos bens da Terra é um direito de todos os homens?”. E eles responderam:
- Esse direito é consequente da necessidade de viver.
Deus não imporia um dever sem dar ao homem o meio de cumpri-lo. (1)
Sobre isso já fizemos nossa reflexão (2):
“Todos os seres vivos possuem o instinto de
conservação, qualquer que seja o grau de inteligência, pois a vida é necessária
ao aperfeiçoamento dos seres. Por isso a Terra produz de modo a proporcionar o
necessário aos que habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca
o é.
O homem ainda não aprendeu a retirar do solo apenas o
que lhe é necessário. Sua ganância, traduzida pelo desejo do lucro fácil,
leva-o a dilapidar o patrimônio do qual o Senhor da Vida permitiu-lhe o
usufruto. Destrói sem maiores preocupações florestas imensas, polui as fontes e
os rios, contamina os mares. Isso em nome do progresso que, na verdade, mascara
a sanha egoística de pessoas e grupos que colocam os próprios interesses acima
do bem estar da própria humanidade”.
No entanto, já observando as graves consequências do
desrespeito à Natureza, o perigo de se romper a cadeia ecológica:
mineral-vegetal-animal, providências já estão sendo tomadas pelos Órgãos
Governamentais, no âmbito local, regional e internacional.
Nesse sentido será realizada a Conferência Rio + 20, na
cidade do Rio de Janeiro no mês de junho de 2012.
A cidade será então sede da conferência das Nações
Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável.
Serão debatidos temas sobre a contribuição da “economia
verde” para o desenvolvimento sustentável e a eliminação da pobreza, com foco
sobre a questão da estrutura da governança internacional na área do
desenvolvimento sustentável.
Sobre isso já pudemos também meditar:
“Ao lado da abundância, no supérfluo, falta o
necessário à massa humana dos marginalizados na sociedade. Nela encontramos a
carência, a doença, a falta de habitação, a escassez de vestuário, a ausência
de instrução e o trabalho sub-humano. Essa massa contrasta com a minoria que
detém o poder econômico. Tal é a situação em muitas partes do planeta, no
chamado Terceiro Mundo.
Também o Brasil ainda apresenta esse aspecto social, na
periferia dos grandes centros urbanos e nas regiões socioeconômicas menos
desenvolvidas.
Embora a civilização amplie as necessidades, ela também
aumenta as fontes de trabalho e os meios de viver. A Ciência e a Tecnologia vêm
aumentando progressivamente a produção dos bens e à medida que se aplique a
justiça social a ninguém faltará o necessário.
A Natureza não pode ser responsável pelos defeitos da
organização social, nem pelos efeitos da ambição e do egoísmo. (2)
Assim, muito importante que na Conferência Rio + 20 os
temas do desenvolvimento sustentável sejam devidamente debatidos, mas sobretudo
que eles sejam aplicados, pelos cidadãos e pelos órgãos governamentais em todos
os seus níveis.
“O uso dos bens da terra é um direito de todos”. (1)
Bibliografia:
(1) – O Livro dos Espíritos, Allan Kardec
– Ed. FEB;
(2) – O Espiritismo e a
Política para a Nova Sociedade, Paiva, Aylton, Ed. Casa dos Espíritas, Lins.
Aylton Paiva é estudioso
da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.: Artigo publicado em 08/06/2012, no
Jornal Correio de Lins
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