Reflexão)
Todos nós sabemos que penumbra é a sombra
incompleta provocada pela diminuição gradual da luz, ou meia luz, que quando
projetada em determinados ambientes, como boates, salões de bailes, cinemas, e até
mesmo no jantar a dois, sem dúvida tem proporcionado a muitas criaturas
prazeres inesquecíveis.
Símbolo do romantismo, do amor ardente, das
boemias, tais ambientes previamente preparados, têm sido cantados em prosa e
versos pelos amantes dos devaneios noturnos, e até por aqueles que curtem a
chamada “dor de cotovelos”, levando alegria e entretenimento a muitos.
A penumbra também se dá, com reflexos
diferentes, no exterior dos ambientes, quando o véu negro da noite é retraído
pelas fracas lâmpadas da iluminação pública, favorecendo a ação de marginais e
trazendo insegurança, desconforto e preocupação aos transeuntes.
A “Simbólica” penumbra da mente é muito
mais preocupante, porque trata-se da obscuridade que invade a trincheira
privativa do pensamento, exigindo cuidados para a proteção da integridade
individual: é o pensamento negativo, persistente, malicioso, que chega de leve,
pouco a pouco, corrompendo as boas ideias, o bom entendimento, semeando a
desesperança, o desânimo a incredulidade, desvalorizando a autoestima,
comprometendo a boa reputação do indivíduo, e que, em muitos casos pode-se
considerar como sendo abordagem espiritual obsessiva (sem generalizar).
O pensamento quando não vigiado
positivamente leva o cérebro a canalizar seduções negativas induzindo o ser
humano ao exercício de ações e comportamentos inconvenientes, e a arquitetar plano
nocivo a si próprio e à sociedade. São as idéias fixas em procedimentos
enganosos e prejudiciais que leva o indivíduo à ruína moral ou física. O
pensamento negativo é, portanto, o lixo que precisa ser reciclado para não
contaminar a alma.
É preciso proteger e utilizar bem, o que se
tem de mais precioso: a capacidade de pensar, porque sabemos que o pensamento é
o comandante das ações e das decisões tomadas pelo livre arbítrio, e através
das ações boas ou más, é que se encontra a paz, ou, os dissabores da vida. No
propósito de melhorar o ser humano, a doutrina espírita nos alerta para a
necessidade de “orar e vigiar” para mantermos sempre as boas companhias
espirituais que nos ajudarão a superar os percalços da vida e a mantermos o
equilíbrio nos momentos de angustias e de tentações.
Sempre é tempo de acender a luz do
sentimento puro, da honestidade, da razão, da responsabilidade, da
solidariedade, que proporcionam a iluminação interior, afastando a penumbra
negativista e devastadora.
Nelson Nascimento
e-mail: nelson.nascimento1@yahoo.com.br
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