terça-feira, 13 de março de 2018

A penumbra da mente


Reflexão)
Todos nós sabemos que penumbra é a sombra incompleta provocada pela diminuição gradual da luz, ou meia luz, que quando projetada em determinados ambientes, como boates, salões de bailes, cinemas, e até mesmo no jantar a dois, sem dúvida tem proporcionado a muitas criaturas prazeres inesquecíveis.
Símbolo do romantismo, do amor ardente, das boemias, tais ambientes previamente preparados, têm sido cantados em prosa e versos pelos amantes dos devaneios noturnos, e até por aqueles que curtem a chamada “dor de cotovelos”, levando alegria e entretenimento a muitos.
A penumbra também se dá, com reflexos diferentes, no exterior dos ambientes, quando o véu negro da noite é retraído pelas fracas lâmpadas da iluminação pública, favorecendo a ação de marginais e trazendo insegurança, desconforto e preocupação aos transeuntes.
A “Simbólica” penumbra da mente é muito mais preocupante, porque trata-se da obscuridade que invade a trincheira privativa do pensamento, exigindo cuidados para a proteção da integridade individual: é o pensamento negativo, persistente, malicioso, que chega de leve, pouco a pouco, corrompendo as boas ideias, o bom entendimento, semeando a desesperança, o desânimo a incredulidade, desvalorizando a autoestima, comprometendo a boa reputação do indivíduo, e que, em muitos casos pode-se considerar como sendo abordagem espiritual obsessiva (sem generalizar).
O pensamento quando não vigiado positivamente leva o cérebro a canalizar seduções negativas induzindo o ser humano ao exercício de ações e comportamentos inconvenientes, e a arquitetar plano nocivo a si próprio e à sociedade. São as idéias fixas em procedimentos enganosos e prejudiciais que leva o indivíduo à ruína moral ou física. O pensamento negativo é, portanto, o lixo que precisa ser reciclado para não contaminar a alma.
É preciso proteger e utilizar bem, o que se tem de mais precioso: a capacidade de pensar, porque sabemos que o pensamento é o comandante das ações e das decisões tomadas pelo livre arbítrio, e através das ações boas ou más, é que se encontra a paz, ou, os dissabores da vida. No propósito de melhorar o ser humano, a doutrina espírita nos alerta para a necessidade de “orar e vigiar” para mantermos sempre as boas companhias espirituais que nos ajudarão a superar os percalços da vida e a mantermos o equilíbrio nos momentos de angustias e de tentações.
Sempre é tempo de acender a luz do sentimento puro, da honestidade, da razão, da responsabilidade, da solidariedade, que proporcionam a iluminação interior, afastando a penumbra negativista e devastadora.

Nelson Nascimento
e-mail: nelson.nascimento1@yahoo.com.br

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