Aylton Paiva |
Estes
dias são de alegria e contentamento.
O
sol brilha radioso.
Os
dias são claros e exuberantes.
Nesta
época, os romanos já faziam o seu culto ao deus sol.
Natal.
Na
mídia, nas vitrines das lojas, as imagens referentes.
O
Papai Noel, na recordação do bispo Nicolau a distribuir brinquedos para as
crianças e alimentos para as famílias carentes.
O
pinheirinho na celebração do dom da vida.
O
presépio na doce recordação de Francisco de Assis do nascimento de Jesus.
Dias
de compras de presentes para as trocas familiares e de amizades.
Campanhas
solidárias para amenizar o sofrimento e a tristeza dos marginalizados na
passagem do Natal dos despossuídos.
Construção
de um tempo de paz e esperanças.
Mensagens
fraternas são trocadas pelos meios de comunicação, desde o tradicional cartão
de boas festas aos meios tecnológicos da televisão, do celular, do tablet.
Voltemos
ao nascimento de Jesus, meditemos e reflexionemos sobre a sua mensagem
imperecível.
Com
todo o seu poder espiritual, ao nascer é acolhido na humilde e tosca manjedora.
Ainda
criança, junto com os pais, visita o Templo de Jerusalém e conversa amigável,
de igual para igual, com doutores da lei e sacerdotes, sem deixar-se enredar
pelas malhas do culto dominador.
Ao
iniciar seu contato libertador do corpo e da alma com o povo, escolhe a festa
familiar das bodas de Caná, para sinalizar a sua presença junto ao povo.
Convida
pescadores, homens e mulheres pobre e simples para serem porta vozes da sua Boa
Nova; e, também, o coletor de impostos Mateus.
Estende
as mãos para curar os corpos enfermos a fim de despertar os espíritos imortais
para que caminhem em direção a felicidade plena.
Acolhe
os sofredores, as crianças, os idosos, as mulheres, mas verbera duramente os
fariseus, que eram zelosos do culto religioso externo, no entanto no “seu”
dizer: túmulos caiados por fora e podres por dentro.
Acompanhado
pela multidão dos aflitos, sobe o monte e profere para eles as bem aventuranças
que compensarão os pobres, os que choram, os injustiçados, os perseguidos.
Do
alto do seu amor não deixa de alertar os poderosos injustos e os ricos
desonestos para eles proferindo os “ai de vós”!
Afirma
a regra áurea para a convivência humana: Amar a Deus acima de todas as coisas e
ao próximo com a si mesmo.
Desafiado
farisaicamente a dizer quem é o próximo, canta o maior hino de fraternidade e
solidariedade narrando a parábola do samaritano.
Ao
contrario do levita e do sacerdote, autoridades religiosas, que não
reconheceram o próximo, exalta o discriminado samaritano como o identificador,
de forma admirável e exemplar, do próximo.
Em
momentos oportunos conta histórias sobre o amor e a justiça, usando o grão de
mostarda, o solo, a porta estreita e a porta larga, o filho pródigo, a ovelha
desgarrada para iluminar a mente e o sentimento, de cultos e incultos, da plebe
e da elite.
Traído
pela ganância e desejo de poder de um discípulo, não o afasta, nem o abandona
após o pérfido ato.
Tranquilamente
enfrenta o poder lacaio de Herodes e a presunção do ilusório poderio romano
encarnado na tíbia figura de Poncio Pilatos.
Alteia-se
na cruz do martírio, consolidando sua mensagem de amor e paz, acompanhado por
dois ladrões apontando-lhes a grandiosidade da vida espiritual.
Sim,
do berço à cruz a imorredoura mensagem de Jesus.
Glória
a Deus no Universo e paz na Terra com Jesus.
Feliz
Natal e Novo Ano com saúde e profícuas realizações!
Aylton
Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na
sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.:
Artigo publicado em 23/12/2011, no Jornal Correio de Lins
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