domingo, 18 de dezembro de 2016

A mensagem do Natal

Aylton Paiva
Estes dias são de alegria e contentamento.
O sol brilha radioso.
Os dias são claros e exuberantes.
Nesta época, os romanos já faziam o seu culto ao deus sol.
Natal.
Na mídia, nas vitrines das lojas, as imagens referentes.
O Papai Noel, na recordação do bispo Nicolau a distribuir brinquedos para as crianças e alimentos para as famílias carentes.
O pinheirinho na celebração do dom da vida.
O presépio na doce recordação de Francisco de Assis do nascimento de Jesus.
Dias de compras de presentes para as trocas familiares e de amizades.
Campanhas solidárias para amenizar o sofrimento e a tristeza dos marginalizados na passagem do Natal dos despossuídos.
Construção de um tempo de paz e esperanças.
Mensagens fraternas são trocadas pelos meios de comunicação, desde o tradicional cartão de boas festas aos meios tecnológicos da televisão, do celular, do tablet.
Voltemos ao nascimento de Jesus, meditemos e reflexionemos sobre a sua mensagem imperecível.
Com todo o seu poder espiritual, ao nascer é acolhido na humilde e tosca manjedora.
Ainda criança, junto com os pais, visita o Templo de Jerusalém e conversa amigável, de igual para igual, com doutores da lei e sacerdotes, sem deixar-se enredar pelas malhas do culto dominador.
Ao iniciar seu contato libertador do corpo e da alma com o povo, escolhe a festa familiar das bodas de Caná, para sinalizar a sua presença junto ao povo.
Convida pescadores, homens e mulheres pobre e simples para serem porta vozes da sua Boa Nova; e, também, o coletor de impostos Mateus.
Estende as mãos para curar os corpos enfermos a fim de despertar os espíritos imortais para que caminhem em direção a felicidade plena.
Acolhe os sofredores, as crianças, os idosos, as mulheres, mas verbera duramente os fariseus, que eram zelosos do culto religioso externo, no entanto no “seu” dizer: túmulos caiados por fora e podres por dentro.
Acompanhado pela multidão dos aflitos, sobe o monte e profere para eles as bem aventuranças que compensarão os pobres, os que choram, os injustiçados, os perseguidos.
Do alto do seu amor não deixa de alertar os poderosos injustos e os ricos desonestos para eles proferindo os “ai de vós”!
Afirma a regra áurea para a convivência humana: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo com a si mesmo.
Desafiado farisaicamente a dizer quem é o próximo, canta o maior hino de fraternidade e solidariedade narrando a parábola do samaritano.
Ao contrario do levita e do sacerdote, autoridades religiosas, que não reconheceram o próximo, exalta o discriminado samaritano como o identificador, de forma admirável e exemplar, do próximo.
Em momentos oportunos conta histórias sobre o amor e a justiça, usando o grão de mostarda, o solo, a porta estreita e a porta larga, o filho pródigo, a ovelha desgarrada para iluminar a mente e o sentimento, de cultos e incultos, da plebe e da elite.
Traído pela ganância e desejo de poder de um discípulo, não o afasta, nem o abandona após o pérfido ato.
Tranquilamente enfrenta o poder lacaio de Herodes e a presunção do ilusório poderio romano encarnado na tíbia figura de Poncio Pilatos.
Alteia-se na cruz do martírio, consolidando sua mensagem de amor e paz, acompanhado por dois ladrões apontando-lhes a grandiosidade da vida espiritual.
Sim, do berço à cruz a imorredoura mensagem de Jesus.
Glória a Deus no Universo e paz na Terra com Jesus.
Feliz Natal e Novo Ano com saúde e profícuas realizações!

Aylton Paiva é estudioso da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).

Obs.: Artigo publicado em 23/12/2011, no Jornal Correio de Lins

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