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Aylton Paiva |
“Que é o Espirito?
- O princípio inteligente do
universo.” (Questão nº 23 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec).
“Em que sentido se deve
entender a vida eterna?
- A vida do Espírito é que é
eterna; a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma
retorna a vida eterna.” (Questão nº 153 de O Livro dos Espíritos, de Allan
Kardec).
A alma possui sua
individualidade antes de se ligar a um corpo físico e a conserva depois de se
haver separado do corpo material.
Allan Kardec, na codificação
do Espiritismo, procurou conceituar que a alma seria o espírito ligado à
matéria e Espírito quando estivesse livre do corpo físico, no entanto essa
precisão de linguagem não foi acatada e hoje, na literatura espírita, usam-se
os termos alma e espírito indistintamente.
Encontramos em O Livro dos
Espíritos, de Allan Kardec, que os Espíritos são os seres inteligentes da
Criação Divina e povoam o Universo.
A inteligência é um atributo
essencial do Espírito.
O Espírito e a matéria são
distinto um do outro, mas a união do Espírito e da matéria é necessária para o
aprimoramento do Espírito e da matéria.
O Espírito é composto de
matéria quintessenciada.
É difícil, no momento,
conhecermos a essência do Espírito, pois faltam termos de comparação e uma
linguagem eficiente.
A dificuldade para
compreensão é muito maior do que a de um cego de nascença para definir a luz.
Os Espíritos estão por toda
parte e povoam os espaços infinitos.
Muitos deles estão ao lado
das pessoas, observando-as, ajudando-as ou atrapalhando-as, de acordo com a
“afinidade” que tem, em termos de: inteligência, sentimento, emoção e ato com
essas pessoas.
Os Espíritos são uma das
potencias da natureza e o instrumento de que Deus se serve para a execução de
sua vontade.
Os Espíritos são criados
simples e ignorantes e se instruem nas lutas e atribulações da vida corporal
(Questão nº 133 de O Livro dos Espíritos).
Poderemos entender a
expressão: “simples” como sendo o Espírito que ainda não desenvolveu as suas
potencialidades nas áreas do sentimento, inteligência, emoção e ação.
Por outro lado, a qualificação
“ignorante”, como sendo o estado daquele Espírito que “ainda não sabe”, que
“desconhece”.
Ele deverá sair desse
estágio para atingir a perfeição que lhe é compatível, desfrutando, então, a
plena felicidade.
Não há privilégio na Criação
Divina, todos são criados de igual forma e devem desenvolver-se através das
experiências que lhe são necessárias.
Nesses conceitos da Doutrina
Espírita encontramos valores importantes para a nossa vida, em sua essência, e
em nosso viver diário.
A nossa imortalidade deve levar-nos
a compreender melhor as limitações da vida física e valorizá-la no sentido de
que é uma importante oportunidade que estamos tendo, mas ela é apenas “um
momento” de nossa vida. Isso deve ajudar-nos a diminuir o orgulho, a vaidade e
o egoísmo.
Ao dizer-nos que Deus
criou-nos a todos de igual forma e para todos estabeleceu a meta da plena
felicidade, revela-nos o Amor Supremo de Deus e a sua Justiça para com todos os
Espíritos que ele criou.
Nesse início comum e meta
para todos, podemos encontrar os fundamentos da fraternidade e da solidariedade
que deve inspirar todos os seres humanos.
Abre-se, pois, uma
perspectiva de confiança, esperança, otimismo e fé em si mesmo e também na
Causa Primária de todas as coisas – Deus.
Que essa visão de
imortalidade, liberdade e evolução inspire-nos, em todos os momentos, a
Esperança no futuro permanente e grandioso que nos aguarda, alcançável pelo
mérito de nossas realizações.
Aylton Paiva é estudioso
da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.: Artigo publicado
em 09/12/2011, no Jornal Correio de Lins
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