Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos
que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam.
- Porque, se somente amardes os que vos
amam, que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? – Se
unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros.
Não fazem o mesmo os pagãos? – Sede, pois vós outros, perfeitos, como perfeitos
é o vosso Pai Celestial – Jesus (Mateus, Cap. V, vv. 44, 46 a 48) (1)
Para que possamos estar bem conosco e com
outros é necessário que tenhamos formas adequadas de pensar, falar e agir.
Nem sempre temos esse comportamento
assertivo ou correto, pois, ainda somos espíritos em processo de evolução, mas
é importante que procuremos ter consciência de como deveremos agir de maneira a
estar em harmonia pessoal e com aqueles com quem convivemos.
Poderemos encontrar parâmetro para
pensarmos, falarmos e agirmos a fim de estarmos nesse estado de bem-estar
psicológico e espiritual nas palavras do Mestre Jesus.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no
cap. XVII, item 3 (2) – O homem de bem - , Allan Kardec esclarece algumas
dessas condições: “O verdadeiro homem (ser humano) de bem é o que cumpre a lei de
justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a
consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei,
se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente
alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim se fez a
outrem o que desejaria lhe fizessem.
Deposita fé em Deus, na sua bondade, na sua
justiça e na sua sabedoria. Sabe que sem a sua permissão nada acontece e se lhe
submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão porque coloca os
bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas
as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído do sentimento de caridade e de
amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma.
O homem de bem é bom, humano e benevolente
para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os
homens vê irmãos seus.
Respeita nos outros todas as convicções
sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
Nunca se compraz em rebuscar os defeitos
alheios, nem, ainda em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre
o bem que possa atenuar o mal.
Estuda suas próprias imperfeições e
trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder
dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.”
As palavras de Jesus e o comentário de
Allan Kardec, do qual pinçamos, algumas considerações nos mostram as condições
ideais para pensarmos, falarmos e agirmos bem de maneira a produzir o bem estar
em nós e naquelas pessoas que convivem conosco no aconchego do lar ou no
ambiente de trabalho.
Temos todos a meta de encontrarmos e
vivermos a felicidade, que tem por clima o bem estar.
Quando Allan Kardec indagou dos Mentores
Espirituais “se haveria alguma soma de felicidade comum a todos os homens”,
eles responderam na questão nº 922:
“- Com relação à vida material, é a posse
do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no
futuro.” (3)
Bibliografia:
(1) – O Novo Testamento;
(2) – O Evangelho
Segundo o Espiritismo, Ed. FEB;
(3) – O Livro dos Espíritos, Allan
Kardec – Ed. FEB.
Aylton Paiva é estudioso
da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
Obs.: Artigo publicado em 04/05/2012, no
Jornal Correio de Lins
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