domingo, 5 de agosto de 2018

A crítica e seus adjetivos


É sempre oportuno analisarmos as diversas situações que presenciamos no cotidiano e observações que fazemos dos acontecimentos ao nosso redor, sempre com o objetivo do aperfeiçoamento individual, comparando procedimentos adotados, com aprendizado. Assim sendo a crítica tem sido observada como interessante hábito do ser humano que precisa ser analisada:

Quando maldosa a crítica pode ser identificada de varias formas, além do conteúdo das palavras, por exemplo: Pela entonação da voz: enérgica demonstrando prepotência, suposta superioridade, falsa modéstia, e até um sentimento invejoso, etc. Também pelo sarcasmo com que é proferida: Acompanhada pelo sorriso irônico, pela mímica, pela expressão facial (aquela cara de desprezo), por determinados gestos de deboche, etc. atitudes que só fazem depreciar o criticado. Outras vezes vem acompanhada por certos adjetivos denegrindo a imagem da pessoa, por exemplo: É um chato de galocha, é um louco varrido, acha que tem um rei na barriga, etc.

Podemos observar também a existência da critica maliciosa, quando feita especificamente com aquele sentimento depreciativo de deboche, considerada como brincadeira (de mau gosto), e que muitas vezes gera até apelido ao criticado, por exemplo: Quando se critica a fisionomia, o porte físico, ou a personalidade de alguém.

São comportamentos da parte do crítico, que não condiz com os ensinamentos edificantes que proporcionam a elevação do espírito, como a humildade e a caridade para com o semelhante, e que podemos observar tais comportamentos como sendo a exemplificação das muitas imperfeições que o ser humano ainda é portador. Saber identificar nos outros atitudes desagradáveis já é um bom começo para melhorarmos os nossos próprios procedimentos, se passarmos a aplicar em nós as corrigendas que ainda necessitamos.

A meu ver, assim como o bem que se faça, por menor que seja tem um grande valor em nossa evolução espiritual, nos ajudando e nos projetando na rota da purificação dos sentimentos... A crítica destrutiva de qualquer nível demonstra um estágio de estagnação da personalidade do crítico, por se tratar da exteriorização da irresponsabilidade, do orgulho, da maldade, e da falta de caridade para com o semelhante.

Há de se ponderar ainda sobre a intenção do crítico, se não tem a intenção de denegrir ou magoar, pode até ter alguma atenuante no seu procedimento, mas é preciso considerar que nunca se sabe a proporção do impacto causado no semelhante, que nem sempre recebe de maneira amigável, embora muitas vezes deixe transparecer isso até por educação, mas que pode carregar consigo a mágoa camuflada por muito tempo.

Por outro lado, a crítica quando “construtiva”, deve ser feita, mas sempre com moderação, com uma intenção útil, e nunca no sentido de denegrir ou prejudicar, como nos ensina o Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. X - 19), porque quando bem intencionada a crítica traz sempre orientação e esclarecimento, acompanhada do desejo  de progresso para o próximo.

Nelson Nascimento
e-mail: nelson.nascimento1@yahoo.com.br

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